As mudanças no papel dos CISOs em 2020 e os 5 principais desafios que enfrentarão em 2021

As mudanças no papel dos CISOs em 2020 e os 5 principais desafios que enfrentarão em 2021

31 de mar. de 20218 min

No último dia 12 de março uma das maiores corretoras independentes do país comunicou ao mercado uma mudança importante na sua direção. A partir de maio, o atual CEO será substituído no cargo pelo CTO da empresa, em um movimento que a empresa classificou como a preparação para mais um passo no seu processo de aceleração da transformação digital.

O movimento ilustra muito bem o que vem acontecendo em muitas empresas brasileiras desde o começo da pandemia, no início de 2020.

Em muitos dos nossos artigos comentamos sobre as inúmeras mudanças nas organizações, as quais foram aceleradas pela crise causada pela COVID-19, e como muitas dessas mudanças envolvem a migração de parte de suas operações para plataformas digitais.

As causas para essa aceleração incluem a implantação do regime de home office, a necessidade de abrir canais digitais para atender a uma crescente demanda de consumidores que migraram suas compras e outras transações para a Internet, entre outras.Tudo isso realizado (em muitos casos) à toque de caixa, o que abriu brechas para novas ameaças do ponto de vista da cibersegurança.

Ou seja, aos desafios tecnológicos (colocar o novo, ou novos serviços em funcionamento o quanto antes para que o negócio prospere) se somaram desafios de segurança (como fazer tudo isso funcionar de forma segura, sem fuga de dados, etc).

Nesse contexto, CISOs, líderes e gestores de segurança estão sendo cada vez mais chamados a participar dos processos de tomada de decisão nos negócios, e sendo cada vez mais questionados sobre como é possível aliar segurança ao negócio sem criar atritos, se determinado projeto ou iniciativa está criando muito risco e exposição, ou se a organização está perdendo oportunidades por ser muito avessa a riscos.

O que os CEOs esperam dos CISOs na gestão de segurança, da prevenção ao incidente?

Um bom indício desse recém-conquistado protagonismo está na edição de 2020 do relatório CIO Agenda: A Brazil Perspective, produzido pelo Gartner, o qual identificou que, pela primeira vez, investimentos em segurança da informação estão no topo das prioridades das empresas brasileiras no que se refere ao orçamento de tecnologia.

Nesse contexto, a questão das mudanças no perfil dos executivos de segurança inspirou a realização do painel O que os CEOs esperam dos CISOs na Gestão de Segurança, na última edição do Tempest Talks (saiba mais sobre o tema e um resumo das discussões que ocorreram na décima edição do Tempest Talks clicando aqui) . Dele participaram a Gerente Executiva de Segurança da Informação da Petrobrás, Márcia Tosta, o Conselheiro de empresas e investidor em startups, Eduardo Gouveia e o VP de Tecnologia do Grupo Dasa-Ímpar-GSC, Danilo Zimmerman, com a moderação de Cassio Dreyfuss, VP Analyst do Gartner.

Para os líderes é consenso que entre as atribuições do CISO está a tradução da importância da segurança para o CEO a partir de um profundo conhecimento do negócio.

O executivo de segurança precisa ter dinamismo para acompanhar os movimentos digitais e viabilizar o negócio sem perder a segurança de vista e se mantendo preparado para responder a uma eventual crise de forma rápida.

Ou seja, trata-se de uma equação com diversas variáveis a serem equilibradas: a segurança precisa estar plugada no negócio de modo a viabilizá-lo sem criar fricções. Ao mesmo tempo, há um novo cenário que traz toda uma gama de novos desafios para os quais a empresa como um todo (do financeiro ao marketing, da gerência de produto à presidência) deve estar preparada.

Nesse contexto, quais são os principais desafios do CISO?

Os executivos C-Level e os membros do conselho estão cada vez mais contextualizados e preocupados com a cibersegurança, assunto que, sem dúvida, já se tornou parte inseparável da gestão de continuidade de negócios e da resiliência organizacional.

Sob essa perspectiva, os principais desafios dos CISOs são, em grande parte, ligados à estruturação de projetos e iniciativas de cibersegurança de forma a conectá-los aos movimentos mercadológicos e às prioridades do negócio, dando suporte ao Plano Estratégico elaborado pelo comitê executivo.

Listamos abaixo os 5 principais desafios dos diretores de segurança da informação em 2021:

1. A transformação digital

Além de proteger, a segurança da informação precisa acompanhar o dinamismo que o negócio impõe. E, embora as equipes de segurança queiram realizar testes completos para encontrar erros no início do design de softwares, soluções ou plataformas digitais, as equipes de desenvolvimento tendem a postergar essa etapa, pois precisam se mover o mais rápido possível para concluir seus sistemas e fazer o ‘go-to-market’ e ganhar mercado o quanto antes. O equilíbrio entre essas duas variáveis – agilidade nos negócios e segurança para a operação –  nunca foi tão necessário.

2. Os assuntos regulatórios

Muitos setores, especialmente o financeiro, operam com estruturas de TI complexas e fortemente regulamentadas, e a cibersegurança está cada vez mais conectada a esses temas. Indo além das regulações de cada setor, novas legislações como a LGPD trazem o desafio do compliance para o mercado como um todo.

3. A previsibilidade aos negócios

Além de ferramentas de analytics, as inovações no campo da inteligência artificial vieram ao encontro da cibersegurança, na trilha do salto de interações por meio de chatbots e a maior oferta de produtos e serviços nos canais digitais.

O uso de sistemas de machine learning e data analytics se tornarão mais presentes por auxiliar na realização de análises preditivas, e na preparação de novos cenários ou na modificação de processos, produtos e serviços, ou, ainda, na identificação de tendências de mercado e consumo;

4. Governança, Compliance e Auditoria

Cada vez mais as áreas ligadas à segurança cibernética precisam saber responder perguntas de executivos e auditores a respeito de capacidade de cobertura e de detecção de ameaças cibernéticas.

Para isso, a cibersegurança precisa ser pensada e executada sempre de forma estratégica – os projetos e os times de segurança precisam estar diretamente orientados pelo Mapa Estratégico e de Riscos da companhia, oferecendo aos CISOs e times de proteção digital as reais prioridades nos projetos de segurança no que diz respeito aos negócios, sejam essas prioridades o aumento de receita ou premissas da governança corporativa.

Destaca-se ainda que a segurança da informação também precisa ser estruturada com base em arquiteturas que favoreçam a agilidade – ou seja, desenvolvida e adequada às particularidades das estratégias digitais, pois tem impacto direto em resultados críticos para o negócio.

5. Dinamismo das fronteiras e ameaças

A evolução constante na experiência de compra, nos hábitos de consumo e na interação entre as empresas e os consumidores já estava em alta muito antes da pandemia causada pela Covid – 19, mas é inegável que ela teve impactos profundos na aceleração de diversos processos e na adesão a novas soluções, e continua sendo uma catalisadora de transformação para muitas organizações.

A mudança de paradigmas com relação ao trabalho remoto, por exemplo, impacta na mudança dos perímetros, criando ambientes mais vulneráveis e que precisam ser monitorados e controlados constantemente.

Como vimos, conectar a segurança da informação às prioridades do negócio é cada vez mais importante para os diretores de segurança da informação e está no centro dos seus desafios. Essa conexão, bem como as lacunas encontradas no processo, serão o tema do nosso próximo artigo. 

Sobre a Tempest

A Tempest Security Intelligence é a maior empresa brasileira especializada em  cibersegurança e prevenção a fraudes digitais. Hoje contamos com um time de mais de 390 profissionais e escritórios em Recife, São Paulo e Londres; nos últimos anos a Tempest ajudou a proteger mais de 500 empresas  de todos os portes de setores como serviços financeiros, varejo e e-commerce.

Pesquisando  e criando novas soluções de proteção digital, a Tempest alia expertise técnica, sólida metodologia e alta tecnologia para entregar um portfólio com mais de 70 soluções, envolvendo Consultorias, Digital Identity, Managed Security Services e Integração.

Para saber mais sobre as soluções apresentadas neste artigo, acesse https://www.tempest.com.br/fale-conosco/ e fale com nossos consultores.

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